domingo, 29 de junho de 2008
Companhia do Rei celebra 15 anos
Ontem celebramos o aniversário de 15 anos da Cia do Rei, nosso ministério com crianças e adolescentes. A festa teve muita música, dança, teatro, arte circense e alegria, muita alegria. Para ver as fotos da festa clique aqui.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Campanha LEI MUWAJI. Envolva-se!
Para envolver-se clique aqui
Abaixo um vídeo sobre o grande sofrimento das famílias indígenas que por tradição enterram seus filhos vivos, quando portadores de deficiências físicas ou mentais, por serem gêmeos ou filhos de mães solteiras.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Sinais vitais: testando a obediência
por Milton Lucas
Assim como pulso, pressão arterial, temperatura e respiração são indicadores da saúde física geral de uma pessoa, existem sinais vitais que indicam a saúde espiritual de um cristão: amor, obediência, serviço e testemunho, por exemplo testemunho.
Já falamos sobre o amor como indicativo de espiritualidade, sendo que ele deve se dirigir a Deus, ao próximo e a sí mesmo, para que seja saudável. Nosso tema agora é obediência.
Na semana passada os resultados de meu check-up físico chegaram e apontaram colesterol alto. Tanto um médico amigo e irmão, quanto o cardiologista que pediu os exames me indicaram uma dieta balanceada e exercícios físicos para alterar o quadro. Interessante que ambos disseram que o que tenho que fazer é tudo aquilo que eu já sei que tenho que fazer. Este é o nosso maior problema, já sabemos o que fazer, mas não fazemos.
Jesus nos ensina em João 14.21 que aquele que o ama de verdade é o que tem os seus mandamentos e lhes obedece. Oswaldo Chamber escreveu que ‘A melhor medida de uma vida espiritual não é seu êxtase, mas sua obediência’. Espiritualidade genuína é mais do que culto ou cerimônias religiosas, é vida e vida de obediência à verdade que já temos.
No entanto quando falamos em obediência surge um certo temor. Obedecer? Obedecer à quem? Obedecer o que? Talvez porque a imagem que temos de vida cristã foi distorcida pelo legalismo e pela religiosidade. Aprendemos que ser um crente é fazer certas coisas e deixar de fazer outras.
‘Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos ceús’ foram as palavras de Jesus em Mateus 5.20. Estas palavras fazem parte do Sermão do Monte onde o Mestre nos ajuda a entender o tipo de obediência que ele espera de nós.
Os fariseus eram especialistas em criar regras e regulamentos. Eles prescreveram 248 proibições, 265 mandamentos e 1000 coisas que não se podia fazer no dia de descanso, por exemplo. No Sermão do Monte Jesus desafia esta obediência fria à mandamentos com a real condição do coração daqueles homens. Utilizando temas como homicídio, adultério, divórcio, juramentos, vingança e amor ele mostra que podemos obedecer as regras e mesmo assim continuar como a maldade do nosso coração intocada. A justiça do Reino muda a nossa natureza e não simplesmente nossa realidade exterior.
Jesus é duro com os religiosos no capítulo 23 de Mateus: ‘Hipócritas … guias cegos! Vocês coam um mosquito e engolem um camelo’. ‘Hipócritas … vocês limpam o exterior do copo … por dentros eles estão cheio de ganância e cobiça’. Hipócritas … sepulcros caiados; bonitos por forra, mas por dentro … hipocrisia e maldade’.
‘Não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça’ é o que aprendemos com Paulo em Romanos 6. Não somos cumpridores de lei, somos novas criaturas!
Morremos para o pecado, temos em nós uma vida nova. Morremos com Cristo para agora com ele viver. Estamos mortos para o pecado e vivos para Deus.
Nossa obediência flui de uma nova natureza que recebemos de Deus! Não podemos praticá-la de outra forma! Não é a obediência que nos transforma! Obedecemos porque fomos transformados!
Se obediência é um sinal de vitalidade espiritual. Que tal fazermos um check-up? Você vive para Deus ou para o pecado? Seu corpo é instrumento de impureza ou de santidade? Quem é o seu senhor? O fruto da sua vida tem sido vida ou morte?
‘O custo da obediência não é nada comparado ao custo da desobediência’ é que diz Richard Baxter. Obediência pode nos custar amizades, sacrifícios e até sofrimento. Desobediência custará a nossa própria vida eternal!
C. S. Lewis afirmou ‘Obediência é a estrada para a liberdade’. Em Deus encontramos verdadeira liberdade de toda escravidão do pecado, dos vícios e da maldade que nos controla e nos leva a uma vida de acusação e medo.
‘Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita, e persevera na prática dessa lei … sera feliz naquilo que fizer’ Tiago 1.2. O fruto da obediência é felicidade!
Será que eu vou obedecer as orientações do meu médico? Provavelmente terei dificuldades, por que os maus hábitos estão instalados e ativos em mim. Será uma luta contra minha natureza. Mesmo aqui preciso da ajuda de Deus, uma vez que domínio próprio é fruto do Espírito.
Será que eu vou obedecer Jesus nas verdades que ele já me mostrou? Se tentar com minhas próprias forças vou falhar. Não é assim que a vida cristã se manifesta. É minha conversão à Jesus e a atuação da nova vida que recebo dele que pode me mudar e me transformar no tipo de pessoa que Jesus espera que eu seja.
Vale a pena relembrar: não é a obediência que nos transforma! Obedecemos porque fomos transformados!
terça-feira, 10 de junho de 2008
Sinais vitais: testando o amor
por Milton Lucas
Acabo de completar quarenta anos de idade e estou fazendo uma série de exames medicos para ver como anda minha saúde. Pesquisando sobre o assunto, encontrei o conceito de ‘sinais vitais’. Eles são indicadores da saúde geral de uma pessoa: pulso, pressão arterial, temperatura e respiração. Variam de pessoa para pessoa e também de acordo com a idade, mas eles indicam se uma pessoa está realmente viva, se sua saúde vai bem e até indicam se essa pessoa vai viver muito ou vai viver pouco.
No que diz respeito à saúde da nossa alma, quais seriam os sinais vitais? Quais seriam as principais manifestações de uma espiritualidade equilibrada? Olhando para a descrição da chamada Igreja Primitiva em Atos 2.42-47, cheguei a quatro sinais que indicam vida e saúde espiritual: amor, obediência, serviço e testemunho. Vamos começar pelo amor e fazer nosso primeiro teste.
Quem mais ressalta a importância do amor é o próprio Jesus em Mateus 22.34-40 afirmando que todos os mandamentos se resumem em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como amamos a nós mesmos.
A palavra amor perdeu seu significado em nossa cultura e é utilizada indiscriminadamente para coisas, pessoas e até como sinônimo de relacionamento sexual. O amor a que Jesus se refere é o amor verdadeiro, que significa em sua essência uma escolha em favor do outro.
Da afirmação de Jesus entendemos que existem três grandes amores a serem amados. Devemos amar a Deus, amar o nosso próximo e também devemos amar a nós mesmos.
Você ama a Deus?
Jesus nos diz que devemos amar a Deus com todo coração, toda alma, todo entendimento e toda força, o que significa totalidade do ser! Amar a Deus é oferecer-se à ele em todas as areas da minha vida. Muito mais do que oferecer cultos religiosos trata-se de viver à luz da sua presença, reconhecendo-o e honrando-o à cada instante. Amar a Deus é agradá-lo, obedecê-lo, serví-lo. Uma das evidências mais práticas desta realidade é a oração. Orar é por natureza incluir a Deus em nossa vida, falar com ele, ouvir sua voz, buscar a sua vontade. O ensinamento bíblico é que devemos orar sem cessar. Todo dia, toda hora, todo momento devemos manter um relacionamento vivo, expontâneo e real com Deus. Você tem orado? Você tem amado a Deus?
Você ama o seu próximo?
Nenhum texto da Bíblia é tão claro quanto ao amor quanto o livro de 1 João, especialmente o trecho do capítulo 4 dos versos 7 ao 21. Basicamente o texto diz que amor a Deus gera amor por pessoas e se alguém não ama seu próximo, na verdade não ama a Deus coisa nenhuma. A qualidade do meu relacionamento com Deus reflete diretamente na qualidade do meu relacionamento com as pessoas. Amar a Deus é amar pessoas. Na prática o amor é o que o amor faz e não simplesmente o que se diz. Uma ilustração muito clara do que isso significa foi escrita por Paulo em 1 Coríntios 13.1-7: o amor é paciente, é bondoso, não maltrata, não se ira facilmente … É assim que se ama pessoas, tratando-as como gostaria de ser tratado. Como você trata as pessoas ao seu redor? Você tem amado seu próximo?
Você ama a sí mesmo?
O parâmetro para amar o outro é a forma como você ama a sí mesmo. Quem não se ama, não consegue amar o outro. Importante notar que amor próprio é diferente de egoísmo, sendo que o segundo exclui Deus e exclui os outros, fazendo da pessoa o centro do universo. Jesus diz que temos que nos amar. Mas amarmos a nós mesmo, temos que entender como Ele nos ama. No Salmo 139.13-16 Davi diz que Deus nos conhece desde o ventre materno, nos chamava pelo nome e que Deus nos criou individualmente de forma especial, admirável e maravilhosa. Somos criação de Deus, e isso por sí só nos atraibui valor e importância. Nossa identidade, nosso valor está em Deus! Ele nos amou à ponto de entregar Jesus, para morrer em nosso lugar na cruz e nos devolver a vida eternal. Amar a sí mesmo pode ser expresso de diversas formas, como aceitar-se da forma como foi criado, valorizando seus dons e seus talentos. Não se comparando a quem quer que seja. Mas também tem a ver com cuidado e desenvolvimento em todas as areas da vida. Em Lucas 2.52 vemos que Jesus – nosso exemplo do que significa viver a vida humana – crescia fisicamente, socialmente, mentalmente e espiritualmente. O mesmo deve acontecer conosco. Vida espiritual inclui cuidar do corpo, que é criação de Deus e templo do Espírito Santo. A vida espiritual nos desafia a desenvolver relacionamentos saudáveis. Também nos leva a cultivar e desenvolver nossa mente, nossas idéias e nossa inteligência. Crescer espiritualmente inclui todas as outras areas, mas especialmente ter um relacionamento com Deus. Tenho cuidado do meu corpo? Tenho cuidado dos meus relacionamentos? Do que tenho enchido minha mente e meus pensamentos? Tenho mantido um relacionamento vital e verdadeiro com Deus?
Meu eletrocardiograma revelou que meu coração está funcionando muito bem. No teste do amor, no entanto, descobri que Deus ainda não ocupa o lugar devido, que não tenho escolhido o próximo como deveria e também que não tenho cuidado de mim mesmo da forma como Deus espera. Vou ter que fazer alguns exercícios e refazer o teste em algumas semanas. Senhor dá-me mais do seu amor!
Milton Lucas é pastor da Comunidade Vineyard de Piratininga
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Quem somos de verdade
por Milton Lucas
Há duas semanas estive na região Xingu participando de um encontro de líderes do Movimento Vineyard e visitando nossas igrejas em Altamira. É sempre inspirador encontrar com meus irmãos Rick, Clenildo, Elba, Richie e tantos outros pastores brasileiros, canadenses e americanos que estão conquistando aquela região para Jesus.
Nesta viagem particularmente três histórias causaram um grande impacto em mim. Rick e Deanna os pioneiros da Igreja da Vinha na região, hoje com mais de 40 comunidades implantadas e mais de mil pessoas alcançadas só na cidade de Altamira, estão de malas prontas para começar tudo de novo em Marabá, a quinhentos quilômetros de distância. Cleudo, que conheci durante seu batismo há quatro anos em minha primeira viagem para aquelas bandas, hoje é o pastor de uma igreja na comunidade onde mora. Tim, um dos missionários americanos recém chegados, é medico e está lutando para conseguir sua licença para clinicar, enquanto isso atua como um agente de saúde. Ele alimentava por mais de dez anos o sonho de deixar sua terra e servir em missões. Agora com Betsie sua esposa e seus quatro filhos terá que aguardar três anos para ter sua licença por aqui, correndo o risco de perder sua licença nos Estados Unidos por conta de sua ausência.
Estas e outras tantas histórias demonstram o coração voltado para Deus e para seu Reino que governa a vida destes irmãos. Elas me fazem pensar a respeito do que o apóstolo Paulo diz em 2 Coríntios 5.14 à 6.2, especialmente no que diz respeito à nossa identidade:
1. SOMOS MOVIDOS PELO AMOR. É o amor demonstrado por Jesus, dando sua própria vida por nós, que nos motiva e nos move a viver a vida do Reino.’… o amor de Cristo nos constrange’.
2. VIVEMOS PARA DEUS E NÃO PARA NÓS MESMOS. O desafio de Paulo é ‘… para aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos…’ mas que vivam para aquele que deu sua própria vida por eles.
3. SOMOS NOVAS PESSOAS. Agora que estamos em Cristo, somos novas criaturas. Novos interesses, novos sonhos, novos desafios.
4. SOMOS MENSAGEIROS DE UMA IMPORTANTE NOTÍCIA. Ao entrarmos no Reino recebemos o ministério de reconciliação e a partir de agora vivemos para reconciliar outros, dando a eles a grande notícia de que o Reino está aberto para eles também.
5. SOMOS REPRESENTANTES DO CÉU NA TERRA. Somos embaixadores de Cristo e aqui representamos os interesses do céu. Trazemos o céu à terra, através das nossas vidas, das nossas famílias, empregos, negócios e relacionamentos.
6. SOMOS APAIXONADOS POR NOSSA MISSÃO. A forma como Paulo aborda os seus é: ‘por amor a Cristo lhes suplicamos: reconciliem-se com Deus’. Ao anunciarmos a mensagem não fazemos por obrigação, mas sim por que o amor de Cristo nos envolve de tal forma que funciona como uma súplica interior extravazando por nossos lábios. É paixão por Jesus, pelo Reino, por pessoas.
7. SOMOS COLABORADORES DE DEUS NA TERRA. Ou seja co-laboramos, trabalhamos junto com Deus. Ele escolheu fazer de nós seus braços, suas pernas, seus ouvidos e sua boca para alcançar e tocar a vida das pessoas.
8. SOMOS RESPONSÁVEIS PELO NOSSO CHAMADO. ‘para não receberam em vão a graça de Deus’. Estas palavras nos desafiam a não permitir que o sacrifício de Jesus seja em vão em nossa vida e nem tampouco na vida de outros. Sabemos o que a graça de Deus significa e isso nos traz responsabilidade e zelo por nossa tarefa.
9. SOMOS TODOS MISSIONÁRIOS. Não se trata de termos uma missão, mas de sermos possuídos por ela. ‘Agora é o dia da salvação’. Este é grito que emana das nossas vidas vividas à luz do Reino de Deus. O dia todo, em qualquer lugar essa é a nossa mensagem e a nossa esperança.
É uma honra para nós sabermos que uma parte da nossa família cristã está no Xingu vivendo estas verdades de forma tão clara. No entanto, o nosso desafio é vivermos estas mesmas verdades aqui, hoje e agora. Não basta contarmos e celebrarmos as histórias de outros, Deus está escrevendo a nossa. Que as histórias que ouvimos nos encorajem e nos inspirem. Que o Reino de Deus venha sobre todos nós e também que ele avance através das nossas vidas.
Milton Lucas é pastor da Comunidade Vineyard de Piratininga e um dos líderes do Movimento Vineyard no Brasil.
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