por Milton Lucas
Temos falado que nossos valores guiam nossa conduta, nossos relacionamentos e nossas decisões. Eles nos dizem o que é importante e o que não é e nos informam o que é certo do que é errado. Eles representam nossa cosmovisão (óculos), nossa crença, nossa verdade, a nossa cultura.
Na Vineyard temos quatro valores inegociáveis: Comunhão, Comunidade, Caráter e Comissão. Nesta última palavra sobre o assunto, gostaria de falar sobre a Comissão do Reino.
NÓS VALORIZAMOS O REINO DE DEUS E SUA MANIFESTAÇÃO ATRAVÉS DE UMA LIDERANÇA QUE SERVE COM REALIDADE, SIMPLICIDADE E CONTEMPORANEIDADE
Isso explica algumas coisas sobre nós. Nossa ênfase em alcançar pessoas, a forma como acolhemos as pessoas exatamente como elas estão, o não-uso de títulos, nossa linguagem, nossa música, nossas roupa etc Isso tudo faz com que sejamos muito criticados por outros crentes! Por outro lado isso tem nos aberto muitas portas com os não-ainda-crentes!
Mais do que uma boa idéia que tivemos ou um estilo pessoal, encontramos na Palavra de Deus referências de que nossa vida deve ser voltada para levar a outros a mensagem que nos alcançou. Vejamos a postura do Apóstolo Paulo em Atos 17.16-33 e olhando para este texto, respondamos algumas perguntas à nosso respeito.
ESTAMOS INDIGNADOS COM A ESPIRITUALIDADE DOS NOSSOS DIAS? Paulo ficou profundamente indignado ao ver que a cidade de Atenas estava cheia de ídolos. Esta é a realidade dos nossos dias! Muitos ídolos, muito deuses, muitas espiritualidades! Alguns exemplos: deus da religião (crentes, católicos e outros), deus do umbigo (felicidade e da auto-satisfação), deus da grana (dinheiro, bens), deus do espelho (aparência), deus da turma (vivendo em manada), deus da fantasia (tv, bebida e drogas, religião), o Eu-Deus (seja lá que eu quiser), o Não-Deus (viveu, morreu, acabou), etc. Estamos indignados com isso ou achamos que está tudo bem?
ESTAMOS CONVERSANDO SOBRE DEUS COM NOSSA CULTURA? A reação de Paulo foi ir até a sinagoga, até a praça principal e até o Areópago – outrora centro de discussões gerais, naquele momento centro de discussões eminentemente religiosas. Ele discutia o assunto com judeus e gregos tementes a Deus, com filósofos e com todos que estavam por ali. Paulo enquanto conversava com aquela gente pregava as boas novas a respeito de Jesus e da ressurreição e a reação era que as pessoas queriam saber o que aquelas “idéias estranhas” de Paulo significavam. O argumento de Paulo era que eles era “muito religiosos” – inclusive mantendo ume espaço para o Deus Desconhecido. Interagindo com o modo de pensar daquela gente ele inclusive cita alguns de seus poetas. Ele estava ativamente buscando um chão-comum para sua argumentação. Estamos olhando ao redor e buscando oportunidade para esta mesma conversa nos dias de hoje?
ESTAMOS ANUNCIANDO QUE O DEUS DESCONHECIDO É O DEUS VERDADEIRO? Paulo afirma que eles adoravam o que não conheciam. Uma referencia ao Deus Desconhecido. Paulo em seguida lhes anuncia o Deus que ele conhece, o único Deus, o Deus verdadeiro. Paulo fala que Ele é o Criador de todas as coisas e autor da vida. Explica que cada homem o está buscando (tateando) a fim de encontrá-lo, mas que Deus está perto de cada um de nós, querendo ser achado. Nas palavras de C. S. Lewis, como um “rato procurando o gato”. Paulo diz que Ele é diferente das representações que fazemos e não é um Deus sob encomenda. Ele não leva em conta nossa ignorância, mas nos chama ao arrependimento e virá em breve julgar o mundo com justiça. Paulo diz que Jesus viveu e ressuscitou para mostrar tudo isso! Conhecemos a Deus e temos aproveitado as oportunidades que temos para faze-lo conhecido àqueles que estão tateando por ele ao nosso redor?
ESTAMOS NOS ESFORÇANDO PARA ALCANÇAR A NOSSA GERAÇÃO? Esta geração precisa de uma resposta que faça sentido para eles! Nós somos aqueles que podem oferecer esta resposta: Jesus Cristo! Como no caso de Paulo, alguns zombarão, outros vão querer ouvir outra vez e alguns crerão e se juntarão a nós! Nosso papel não é converter ninguém, mas testemunhar, anunciar.
Estamos indignados com a espiritualidade dos nossos dias? Estamos conversando com a nossa cultura? Estamos anunciando o Deus verdadeiro? Estamos nos esforçando para alcançar a nossa geração?
Milton Lucas é pastor da Comunidade Vineyard de Piratininga
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Nós valorizamos caráter
por Fabiano Alves
NÓS VALORIZAMOS CURA, INTEGRIDADE E A SEMELHANÇA DE CRISTO ATRAVÉS DO DISCIPULADO
A vontade de Deus para nós é que alcancemos a plenitude – a semelhança de seu Filho Jesus Cristo. Todo cristão está nesse caminho.
Porém, basta um rápido olhar inteligente para nós mesmos para percebermos que ainda estamos distantes do alvo.
Mas Jesus disse que nos levaria até lá. Ele disse que seria possível buscar esse alvo. Mas para isso, precisamos ser curados por ele, em todos os sentidos.
A bíblia nos traz dois significados importantes para a palavra “cura”. No antigo testamento, a palavra original muito usada é “Shalon”, que significa “paz”. No novo testamento encontramos a palavra “Soteria”, que quer dizer salvação.
Olhando por esse ponto de vista, vemos que a cura que Deus trata na bíblia é muito mais que a retirada de uma enfermidade. Cada passo na direção da paz e do desenvolvimento de nossa salvação é parte da cura integral que fará de nós pessoas semelhantes a Jesus.
O primeiro e mais importante passo na direção de encontrarmos a cura é reconhecermos que precisamos dela. Jesus disse certa vez ao povo que o acusava de andar com pecadores(Mt 9:9-12) que ele veio para os doentes, que precisavam ser curados.
PRECISAMOS RECONHECER NOSSA NECESSIDADE DE CURA
Cientes de nossa necessidade de cura, precisamos procurar um bom médico, e um bom hospital.
Os dois valores tratados anteriormente(Comunhão e Comunidade) falam exatamente disso.
O melhor médico para as enfermidades de nossa alma é o Senhor. Ele sabe como ninguém como curar e desafiar nosso ser. Ele é nossa fonte imediata de cura.
E o hospital deve ser a igreja. Lá devemos encontrar o ambiente onde seremos curados, e onde encontraremos muitos outros enfermos precisando de cura. Na igreja, recebemos o desafio de sermos curados, mas também de curar.
SOMOS CURADORES FERIDOS
É importante observar também que cremos na cura não apenas como um ato, mas também como um processo. Por isso, o ambiente é tão importante.
Agora sim, podemos entender porque o discipulado é o caminho para a cura integral.
Em primeiro lugar, como discípulos, podemos ir além da vida de um crente normal que apenas assiste aos cultos, e sermos desafiados, encorajados, admoestados, orientados, etc...
Como discipuladores, nos assemelhamos a Jesus doando de nosso tempo e nossa vida para participar do processo de cura de alguém, mesmo que isso nos custe. Sempre apontando para Jesus, o médico dos médicos.
Assim, caminhamos juntos, nessa comunidade, olhando para o alto e curando uns aos outros, no poder de Jesus Cristo.
A medida que fazemos isso exercendo os dons do Espírito, contamos com a intervenção divina para nos curar e nos ajudar a curar outros, dentro da comunidade, mas também no mundo lá fora, que ainda não o conhece a fonte de tudo.
Fabiano Alves é líder de louvor e de jovens na Comunidade Vineyard de Piratininga
NÓS VALORIZAMOS CURA, INTEGRIDADE E A SEMELHANÇA DE CRISTO ATRAVÉS DO DISCIPULADO
A vontade de Deus para nós é que alcancemos a plenitude – a semelhança de seu Filho Jesus Cristo. Todo cristão está nesse caminho.
Porém, basta um rápido olhar inteligente para nós mesmos para percebermos que ainda estamos distantes do alvo.
Mas Jesus disse que nos levaria até lá. Ele disse que seria possível buscar esse alvo. Mas para isso, precisamos ser curados por ele, em todos os sentidos.
A bíblia nos traz dois significados importantes para a palavra “cura”. No antigo testamento, a palavra original muito usada é “Shalon”, que significa “paz”. No novo testamento encontramos a palavra “Soteria”, que quer dizer salvação.
Olhando por esse ponto de vista, vemos que a cura que Deus trata na bíblia é muito mais que a retirada de uma enfermidade. Cada passo na direção da paz e do desenvolvimento de nossa salvação é parte da cura integral que fará de nós pessoas semelhantes a Jesus.
O primeiro e mais importante passo na direção de encontrarmos a cura é reconhecermos que precisamos dela. Jesus disse certa vez ao povo que o acusava de andar com pecadores(Mt 9:9-12) que ele veio para os doentes, que precisavam ser curados.
PRECISAMOS RECONHECER NOSSA NECESSIDADE DE CURA
Cientes de nossa necessidade de cura, precisamos procurar um bom médico, e um bom hospital.
Os dois valores tratados anteriormente(Comunhão e Comunidade) falam exatamente disso.
O melhor médico para as enfermidades de nossa alma é o Senhor. Ele sabe como ninguém como curar e desafiar nosso ser. Ele é nossa fonte imediata de cura.
E o hospital deve ser a igreja. Lá devemos encontrar o ambiente onde seremos curados, e onde encontraremos muitos outros enfermos precisando de cura. Na igreja, recebemos o desafio de sermos curados, mas também de curar.
SOMOS CURADORES FERIDOS
É importante observar também que cremos na cura não apenas como um ato, mas também como um processo. Por isso, o ambiente é tão importante.
Agora sim, podemos entender porque o discipulado é o caminho para a cura integral.
Em primeiro lugar, como discípulos, podemos ir além da vida de um crente normal que apenas assiste aos cultos, e sermos desafiados, encorajados, admoestados, orientados, etc...
Como discipuladores, nos assemelhamos a Jesus doando de nosso tempo e nossa vida para participar do processo de cura de alguém, mesmo que isso nos custe. Sempre apontando para Jesus, o médico dos médicos.
Assim, caminhamos juntos, nessa comunidade, olhando para o alto e curando uns aos outros, no poder de Jesus Cristo.
A medida que fazemos isso exercendo os dons do Espírito, contamos com a intervenção divina para nos curar e nos ajudar a curar outros, dentro da comunidade, mas também no mundo lá fora, que ainda não o conhece a fonte de tudo.
Fabiano Alves é líder de louvor e de jovens na Comunidade Vineyard de Piratininga
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Nós valorizamos comunidade
por Edson Sousa
Aquilo que valorizamos determina o que é importante pra nós. E esses valores vão nortear nossos pensamentos e ações. Jesus em Mt 6:21 já antecipava esse conceito ao afirmar: onde está o teu tesouro (seus valores) aí estará também o teu coração (sentimentos, atitudes, planos, etc.).
A Vineyard tem desenvolvido uma cultura própria, onde busca através do seu ensino e das suas práticas, ambos inspirados em conceitos Bíblicos, levar seus membros e simpatizantes, a considerarem valores que pra ela são essenciais, para uma vida cristã sadia e verdadeira. No artigo anterior foi destacada a base principal desses valores que é a Comunhão diária com Deus. No artigo de hoje a proposta é enfatizar a área de Comunidade.
NÓS VALORIZAMOS O INDIVÍDUO E RELACIONAMENTOS, NUM AMBIENTE DE MISERICÓRDIA E UNIDADE.
O entendimento conceitual de comunidade trata da qualidade ou estado do que é comum, comunhão. Basicamente, comunidade é o agrupamento de indivíduos, pessoas que se reúnem ao redor de algo comum entre eles. Essa comunhão pode representar um mesmo pensamento, um mesmo nível cultural, um mesmo nível social, ou nenhuma dessas coisas, onde a motivação pode estar centrada em uma identificação coletiva, onde os detalhes individuais ficam à margem do plano principal, ou seja, comunidade não é uniformidade, mas a comunhão da diversidade (At 4:32).
Nesse contexto vemos a Igreja como uma comunidade. Apesar de nos dias de hoje existir correntes de pensamento que defendem que a igreja é na sua menor definição o próprio individuo, biblicamente entendemos que ninguém é igreja sozinho, pois não existe igreja sem a presença de Jesus (Mt 18:20). O ser humano foi criado para viver em comunidade (Gn 2:18, Ec 4:9-10) e o cristão não pode ser cristão sozinho, ele é chamado a viver em comunidade (Hb 10:25).
Porém, na Vineyard, ele não é mais um na comunidade, ele é único, pois o individuo, a pessoa, é o elemento principal de uma comunidade. Assim como Jesus (Mt 11:28), a Vineyard deseja tratar dentro da sua comunidade cada individuo de maneira pessoal e não coletiva. A comunidade Vineyard é um coletivo que existe para valorizar o individual. A essência dessa comunidade é oferecer cura a todo doente (Mc 2:16-17), por isso ela é uma comunidade aberta, vista como extremamente liberal, e até com reservas, por receber o individuo na sua forma mais bruta, respeitando a sua individualidade e seus valores atuais.
Dessa forma é muito natural a presença de pessoas que são muitas vezes discriminadas em outras comunidades cristãs, por serem adeptas de culturas consideradas profanas, alternativas e sacrilégicas segundo o entendimento que esses grupos têm em relação a reverencia, lugares e coisas “sagradas”. A Vineyard não faz acepção de pessoas (Rm 2:11), não as discriminam por causa do seu pecado, sua cultura e/ou usos e costumes, porque ela valoriza o individuo, a pessoa. Aceita que elas venham do jeito que estão, e deseja, através da pregação do Evangelho e de relacionamentos, que essas pessoas saiam quebrantadas e dispostas a rever seus valores (1 Co 6:9-11).
Para que esse objetivo seja alcançado, a dinâmica da comunidade consiste em relacionamentos baseados nas orientações bíblicas dos “uns aos outros”, onde amar é relacionar-se (1 Jo 4:19-21). Assim a realidade da vida das pessoas da comunidade deve seguir o padrão de: amar, não ofender, honrar, não julgar, acolher, aconselhar, saudar, não provocar, suportar, perdoar, sujeitar, não mentir, consolar, confessar pecados e servir uns ao outros, e todas estas referencias trazem em seu ensino o imperativo de mandamento, onde o ponto de partida é “amar uns aos outros”.
Tudo isso gera um envolvimento natural entre as pessoas, relacionar-se é envolver-se, é se satisfazer e se decepcionar, é dar, mas também receber, é falar, mas também ouvir; é rir, mas também chorar (Rm 12:15). Em comunidade deve haver reciprocidade nos relacionamentos. O alimento de uma comunidade é o relacionamento, se não houver relacionamentos a comunidade morre.
Os relacionamentos irão gerar frutos importantes. Uma comunidade sadia produz bons frutos, onde os principais são: misericórdia, unidade e avanço do reino de Deus.
Quando as pessoas se relacionam em amor, elas se preocupam umas com as outras, percebem as necessidades uns dos outros (At 2:45) e se dispõe a se doarem e até fazerem sacrifícios (1 Jo 3:16-17) em beneficio uns dos outros ( Lc 9:11). Numa comunidade todos estão passiveis de necessidades e deve haver a segurança de que “hoje eu estou bem e posso te ajudar, mas amanhã se eu precisar sei que posso contar com você”.
Outro fruto importante é o da unidade. Não é fácil haver unidade em meio a tanta diversidade de pensamentos, níveis sociais e culturais que fazem parte da comunidade, mas ela deve ser buscada, as pessoas devem fazer de tudo (Ef 4:3) para alcançá-la, e isso deve acontecer em paz, nunca em conflito. As pessoas devem abrir mão da sua vontade em favor da unidade.
E por ultimo fruto, o avanço do reino. O sentimento de misericórdia, ou seja, colocar o coração na miséria alheia, deve se estender além das fronteiras da comunidade. A comunidade não pode ser exclusivista, pois a sua “boa fama” irá se espalhar e outras pessoas vão querer chegar, vão precisar, vão clamar e a comunidade deve ser a resposta de Deus às essas pessoas (At 2:46-47).
A Vineyard valoriza comunidade, porque deseja ver o reino de Deus avançando. Mas muitas vezes as comunidades produzem “maus frutos” e em vez de misericórdia, produz indiferença, em vez de unidade, divisão, e assim se tornam “pedras de tropeço” no reino de Deus. Para evitar que isso aconteça, a Vineyard traz como base na sua escala de valores a Comunhão diária com Deus, para que essa prática produza comunidades cristãs sadias, comprometidas com o propósito de Deus.
O cristianismo começou com uma comunidade (Jesus e os doze). Jesus é o exemplo de como manter comunhão diária com Deus, e seus discípulos nos mostram como é possível viver em comunidade mesmo com tantas diferenças e pecados. A partir dessa comunidade a verdade se espalhou por todo o mundo, sua trajetória mostra que não foi fácil: traição, morte, sacrifícios, perseguições e muito sangue derramado estão misturados aos vários acontecimentos e manifestações que escrevem essa história que terá um final verdadeiro, feliz e eterno (Ap 21:1-4).
Edson Sousa é um dos presbíteros da Comunidade Vineyard de Piratininga e entre outras funções, coordena a área de ensino da igreja.
Aquilo que valorizamos determina o que é importante pra nós. E esses valores vão nortear nossos pensamentos e ações. Jesus em Mt 6:21 já antecipava esse conceito ao afirmar: onde está o teu tesouro (seus valores) aí estará também o teu coração (sentimentos, atitudes, planos, etc.).
A Vineyard tem desenvolvido uma cultura própria, onde busca através do seu ensino e das suas práticas, ambos inspirados em conceitos Bíblicos, levar seus membros e simpatizantes, a considerarem valores que pra ela são essenciais, para uma vida cristã sadia e verdadeira. No artigo anterior foi destacada a base principal desses valores que é a Comunhão diária com Deus. No artigo de hoje a proposta é enfatizar a área de Comunidade.
NÓS VALORIZAMOS O INDIVÍDUO E RELACIONAMENTOS, NUM AMBIENTE DE MISERICÓRDIA E UNIDADE.
O entendimento conceitual de comunidade trata da qualidade ou estado do que é comum, comunhão. Basicamente, comunidade é o agrupamento de indivíduos, pessoas que se reúnem ao redor de algo comum entre eles. Essa comunhão pode representar um mesmo pensamento, um mesmo nível cultural, um mesmo nível social, ou nenhuma dessas coisas, onde a motivação pode estar centrada em uma identificação coletiva, onde os detalhes individuais ficam à margem do plano principal, ou seja, comunidade não é uniformidade, mas a comunhão da diversidade (At 4:32).
Nesse contexto vemos a Igreja como uma comunidade. Apesar de nos dias de hoje existir correntes de pensamento que defendem que a igreja é na sua menor definição o próprio individuo, biblicamente entendemos que ninguém é igreja sozinho, pois não existe igreja sem a presença de Jesus (Mt 18:20). O ser humano foi criado para viver em comunidade (Gn 2:18, Ec 4:9-10) e o cristão não pode ser cristão sozinho, ele é chamado a viver em comunidade (Hb 10:25).
Porém, na Vineyard, ele não é mais um na comunidade, ele é único, pois o individuo, a pessoa, é o elemento principal de uma comunidade. Assim como Jesus (Mt 11:28), a Vineyard deseja tratar dentro da sua comunidade cada individuo de maneira pessoal e não coletiva. A comunidade Vineyard é um coletivo que existe para valorizar o individual. A essência dessa comunidade é oferecer cura a todo doente (Mc 2:16-17), por isso ela é uma comunidade aberta, vista como extremamente liberal, e até com reservas, por receber o individuo na sua forma mais bruta, respeitando a sua individualidade e seus valores atuais.
Dessa forma é muito natural a presença de pessoas que são muitas vezes discriminadas em outras comunidades cristãs, por serem adeptas de culturas consideradas profanas, alternativas e sacrilégicas segundo o entendimento que esses grupos têm em relação a reverencia, lugares e coisas “sagradas”. A Vineyard não faz acepção de pessoas (Rm 2:11), não as discriminam por causa do seu pecado, sua cultura e/ou usos e costumes, porque ela valoriza o individuo, a pessoa. Aceita que elas venham do jeito que estão, e deseja, através da pregação do Evangelho e de relacionamentos, que essas pessoas saiam quebrantadas e dispostas a rever seus valores (1 Co 6:9-11).
Para que esse objetivo seja alcançado, a dinâmica da comunidade consiste em relacionamentos baseados nas orientações bíblicas dos “uns aos outros”, onde amar é relacionar-se (1 Jo 4:19-21). Assim a realidade da vida das pessoas da comunidade deve seguir o padrão de: amar, não ofender, honrar, não julgar, acolher, aconselhar, saudar, não provocar, suportar, perdoar, sujeitar, não mentir, consolar, confessar pecados e servir uns ao outros, e todas estas referencias trazem em seu ensino o imperativo de mandamento, onde o ponto de partida é “amar uns aos outros”.
Tudo isso gera um envolvimento natural entre as pessoas, relacionar-se é envolver-se, é se satisfazer e se decepcionar, é dar, mas também receber, é falar, mas também ouvir; é rir, mas também chorar (Rm 12:15). Em comunidade deve haver reciprocidade nos relacionamentos. O alimento de uma comunidade é o relacionamento, se não houver relacionamentos a comunidade morre.
Os relacionamentos irão gerar frutos importantes. Uma comunidade sadia produz bons frutos, onde os principais são: misericórdia, unidade e avanço do reino de Deus.
Quando as pessoas se relacionam em amor, elas se preocupam umas com as outras, percebem as necessidades uns dos outros (At 2:45) e se dispõe a se doarem e até fazerem sacrifícios (1 Jo 3:16-17) em beneficio uns dos outros ( Lc 9:11). Numa comunidade todos estão passiveis de necessidades e deve haver a segurança de que “hoje eu estou bem e posso te ajudar, mas amanhã se eu precisar sei que posso contar com você”.
Outro fruto importante é o da unidade. Não é fácil haver unidade em meio a tanta diversidade de pensamentos, níveis sociais e culturais que fazem parte da comunidade, mas ela deve ser buscada, as pessoas devem fazer de tudo (Ef 4:3) para alcançá-la, e isso deve acontecer em paz, nunca em conflito. As pessoas devem abrir mão da sua vontade em favor da unidade.
E por ultimo fruto, o avanço do reino. O sentimento de misericórdia, ou seja, colocar o coração na miséria alheia, deve se estender além das fronteiras da comunidade. A comunidade não pode ser exclusivista, pois a sua “boa fama” irá se espalhar e outras pessoas vão querer chegar, vão precisar, vão clamar e a comunidade deve ser a resposta de Deus às essas pessoas (At 2:46-47).
A Vineyard valoriza comunidade, porque deseja ver o reino de Deus avançando. Mas muitas vezes as comunidades produzem “maus frutos” e em vez de misericórdia, produz indiferença, em vez de unidade, divisão, e assim se tornam “pedras de tropeço” no reino de Deus. Para evitar que isso aconteça, a Vineyard traz como base na sua escala de valores a Comunhão diária com Deus, para que essa prática produza comunidades cristãs sadias, comprometidas com o propósito de Deus.
O cristianismo começou com uma comunidade (Jesus e os doze). Jesus é o exemplo de como manter comunhão diária com Deus, e seus discípulos nos mostram como é possível viver em comunidade mesmo com tantas diferenças e pecados. A partir dessa comunidade a verdade se espalhou por todo o mundo, sua trajetória mostra que não foi fácil: traição, morte, sacrifícios, perseguições e muito sangue derramado estão misturados aos vários acontecimentos e manifestações que escrevem essa história que terá um final verdadeiro, feliz e eterno (Ap 21:1-4).
Edson Sousa é um dos presbíteros da Comunidade Vineyard de Piratininga e entre outras funções, coordena a área de ensino da igreja.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Nós valorizamos comunhão com Deus
por Milton Lucas
Quais foram as suas resoluções de Ano Novo? As mais comuns são: fazer academia, emagrecer, comer melhor, acordar cedo, ter mais tempo com a família, quitar dívidas, ler mais, ser mais organizado. Por que não conseguimos? Segundo um artigo da Reader’s Digest (Seleções) deste mês, falta planejamento. Na minha opinião o problema está nos nossos valores.
Nossos valores guiam nossa conduta, nossos relacionamentos e nossas decisões, Eles definem o que é importante pra nós e nos informam o que é certo do que é errado. Nossos valores são as nossas crenças fundamentais, a nossa verdade, a nossa cosmovisão, ou seja, os óculos através dos quais vemos a realidade ao nosso redor.
Existem valores pessoais como honestidade e espiritualidade e outros coletivos como patriotismo, democracia. Mas todos temos valores! Eles são formados em nós através de tradições que recebemos, informações adquiridas, mas especialmente através de relacionamentos e experiência. Na verdade valores são mais transferidos do que ensinados, quase que como num processo de osmose. Nossos valores são a nossa cultura.
Na Vineyard temos alguns valores que são inegociáveis e eles representam a nossa cultura coletiva, mas também individual. Nas próximas semanas vamos conversar sobre Comunhão, Comunidade, Caráter e Comissão. Eles determinam tudo que fazemos como cristãos e como igreja. Hoje começamos com Comunhão.
NÓS VALORIZAMOS A PALAVRA DE DEUS, A CENTRALIDADE DE CRISTO E A LIDERANÇA DO ESPÍRITO SANTO, ATRAVÉS DE UMA BUSCA CONSTANTE EM ORAÇÃO
A comunhão com Deus é a base das outros valores. Como viver comunhão com Deus no dia-a-dia? Na Vineyard fazemos sempre algumas questões que nos ajudam a manter nosso foco.
O QUE DEUS ESTÁ TE FALANDO? EM 2 Timoteo 3.16-17 está escrito que “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra”. Muito embora creiamos e pratiquemos palavra profética em nosso meio, cremos que a Bíblia, como Palavra de Deus, é a forma básica e fundamental de ouvirmos a voz de Deus falando conosco. Alguém disse que “a Bíblia aberta é um livro como outros qualquer, mas aberta é a boca de Deus falando ao nosso coração”. Ainda que mesmo fechada a Bíblia não seja como qualquer outro livro, ela é sim a princpal maneira de Deus falar conosco. E mesmo as outras formas, devem estar em sintonia com a Palavra, como o texto acima diz. Deus quer nos ensinar, repreeender, corrigir e instruir para que estejamos preparados para as boas obras que ele tem pra nós. Como disse cremos também que Deus nos fala através palavras proféticas, através de uma voz íntima e pessoal em nosso coração, mas também através das circunstâncias e de conselheiros sábios. A questão é: estou querendo ouvir? Estou buscando a palavra e a vontade de Deus? Estou lendo a Bíblia? Estou esperando o Espírito Santo falar comigo? Estou atento aos conselhos e às circunstâncias ao meu redor?
O QUE JESUS FARIA? Em Romanos 8.29 está escrito “Pois aqueles que … conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. Jesus além de nosso Senhor é também o nosso irmão mais velho, nosso modelo. A frase acima é emprestada de Charles Sheldon, que em seu livro ‘Em seus passos o que faria Jesus” conta a história de uma pequena cidade que foi impactada com a decisão de alguns cristãos em fazer esta pergunta antes de cada ação. O princípio aqui é que somos discípulos de Jesus e portanto seus imitadores. Nos aspectos mais práticos de nossa vida, sempre perguntamos ‘O que Jesus faria?”.
O QUE O PAI ESTÁ FAZENDO? Em João 5.19-20, Jesus disse Jesus: “Eu lhes digo verdadeiramente que o Filho não pode fazer nada de si mesmo; só pode fazer o que vê o Pai fazer, porque o que o Pai faz o Filho também faz. Pois o Pai ama ao Filho e lhe mostra tudo o que faz. Sim, para admiração de vocês, ele lhe mostrará obras ainda maiores do que estas”. A vida de Jesus não era regida pelas necessidades ao seu redor e nem pela expectativa das pessoas. Através de sua comunhão com o Pai ele era capaz de discernir o que Ele já estava fazendo e assim participava disso. O Espírito Santo, nosso companheiro e nosso professor, habita em nós e mesmo através dos seus dons quer nos mostrar o que o Pai está fazendo para que possamos participar do seu ministério. Não se trata de pedir para Deus abençoar o que estamos fazendo, mas de nós fazermos aquilo que o Pai já está abençoando. Isso se aplica ao ministério, mas também à nossa vida pessoal e familiar. O que o Pai está fazendo? O que Ele está abençoando? Como posso me juntar a Ele nisso?
VAMOS ORAR? Em Mateus 6.9-13 Jesus nos ensina a orar “Pai nosso, que estás nos céus! … Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia”. Orar é a forma básica e fundamental de comunhão com Deus. É uma conversa entre filho e Pai. É reconhecimento da presença de Deus, mas também de nosso amor e de nossa humilde dependência. Na Vineyard a expressão musical de adoração tem sido extremamente importante e relevante, mas temos que admitir nossas músicas são simplesmente uma forma de orarmos e expressamos nosso coração coletiva e individualmente para o Senhor. A oração traz o céu à terra, foi isso que Jesus nos ensinou. Esta frase “vamos orar” deve ser uma constante em nossa vida. Devamos fazê-la sempre e em qualquer lugar. Ao nos reunirmos como igreja, mas também no cotidiano do nosso lar, do nosso trabalho, nas ruas e onde quer que formos, com quer quer que estejamos. Quanto mais orarmos mais vamos experimentar deste poder e desta presença de Deus entre nós. Veremos curas e milagres, sim, mas também desfrutaremos de uma paz e alegria sobrenaturais que são fruto de uma comunhão prática e real com o nosso Deus.
Milton Lucas é pastor da Comunidade Vineyard de Piratininga
Quais foram as suas resoluções de Ano Novo? As mais comuns são: fazer academia, emagrecer, comer melhor, acordar cedo, ter mais tempo com a família, quitar dívidas, ler mais, ser mais organizado. Por que não conseguimos? Segundo um artigo da Reader’s Digest (Seleções) deste mês, falta planejamento. Na minha opinião o problema está nos nossos valores.
Nossos valores guiam nossa conduta, nossos relacionamentos e nossas decisões, Eles definem o que é importante pra nós e nos informam o que é certo do que é errado. Nossos valores são as nossas crenças fundamentais, a nossa verdade, a nossa cosmovisão, ou seja, os óculos através dos quais vemos a realidade ao nosso redor.
Existem valores pessoais como honestidade e espiritualidade e outros coletivos como patriotismo, democracia. Mas todos temos valores! Eles são formados em nós através de tradições que recebemos, informações adquiridas, mas especialmente através de relacionamentos e experiência. Na verdade valores são mais transferidos do que ensinados, quase que como num processo de osmose. Nossos valores são a nossa cultura.
Na Vineyard temos alguns valores que são inegociáveis e eles representam a nossa cultura coletiva, mas também individual. Nas próximas semanas vamos conversar sobre Comunhão, Comunidade, Caráter e Comissão. Eles determinam tudo que fazemos como cristãos e como igreja. Hoje começamos com Comunhão.
NÓS VALORIZAMOS A PALAVRA DE DEUS, A CENTRALIDADE DE CRISTO E A LIDERANÇA DO ESPÍRITO SANTO, ATRAVÉS DE UMA BUSCA CONSTANTE EM ORAÇÃO
A comunhão com Deus é a base das outros valores. Como viver comunhão com Deus no dia-a-dia? Na Vineyard fazemos sempre algumas questões que nos ajudam a manter nosso foco.
O QUE DEUS ESTÁ TE FALANDO? EM 2 Timoteo 3.16-17 está escrito que “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra”. Muito embora creiamos e pratiquemos palavra profética em nosso meio, cremos que a Bíblia, como Palavra de Deus, é a forma básica e fundamental de ouvirmos a voz de Deus falando conosco. Alguém disse que “a Bíblia aberta é um livro como outros qualquer, mas aberta é a boca de Deus falando ao nosso coração”. Ainda que mesmo fechada a Bíblia não seja como qualquer outro livro, ela é sim a princpal maneira de Deus falar conosco. E mesmo as outras formas, devem estar em sintonia com a Palavra, como o texto acima diz. Deus quer nos ensinar, repreeender, corrigir e instruir para que estejamos preparados para as boas obras que ele tem pra nós. Como disse cremos também que Deus nos fala através palavras proféticas, através de uma voz íntima e pessoal em nosso coração, mas também através das circunstâncias e de conselheiros sábios. A questão é: estou querendo ouvir? Estou buscando a palavra e a vontade de Deus? Estou lendo a Bíblia? Estou esperando o Espírito Santo falar comigo? Estou atento aos conselhos e às circunstâncias ao meu redor?
O QUE JESUS FARIA? Em Romanos 8.29 está escrito “Pois aqueles que … conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. Jesus além de nosso Senhor é também o nosso irmão mais velho, nosso modelo. A frase acima é emprestada de Charles Sheldon, que em seu livro ‘Em seus passos o que faria Jesus” conta a história de uma pequena cidade que foi impactada com a decisão de alguns cristãos em fazer esta pergunta antes de cada ação. O princípio aqui é que somos discípulos de Jesus e portanto seus imitadores. Nos aspectos mais práticos de nossa vida, sempre perguntamos ‘O que Jesus faria?”.
O QUE O PAI ESTÁ FAZENDO? Em João 5.19-20, Jesus disse Jesus: “Eu lhes digo verdadeiramente que o Filho não pode fazer nada de si mesmo; só pode fazer o que vê o Pai fazer, porque o que o Pai faz o Filho também faz. Pois o Pai ama ao Filho e lhe mostra tudo o que faz. Sim, para admiração de vocês, ele lhe mostrará obras ainda maiores do que estas”. A vida de Jesus não era regida pelas necessidades ao seu redor e nem pela expectativa das pessoas. Através de sua comunhão com o Pai ele era capaz de discernir o que Ele já estava fazendo e assim participava disso. O Espírito Santo, nosso companheiro e nosso professor, habita em nós e mesmo através dos seus dons quer nos mostrar o que o Pai está fazendo para que possamos participar do seu ministério. Não se trata de pedir para Deus abençoar o que estamos fazendo, mas de nós fazermos aquilo que o Pai já está abençoando. Isso se aplica ao ministério, mas também à nossa vida pessoal e familiar. O que o Pai está fazendo? O que Ele está abençoando? Como posso me juntar a Ele nisso?
VAMOS ORAR? Em Mateus 6.9-13 Jesus nos ensina a orar “Pai nosso, que estás nos céus! … Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia”. Orar é a forma básica e fundamental de comunhão com Deus. É uma conversa entre filho e Pai. É reconhecimento da presença de Deus, mas também de nosso amor e de nossa humilde dependência. Na Vineyard a expressão musical de adoração tem sido extremamente importante e relevante, mas temos que admitir nossas músicas são simplesmente uma forma de orarmos e expressamos nosso coração coletiva e individualmente para o Senhor. A oração traz o céu à terra, foi isso que Jesus nos ensinou. Esta frase “vamos orar” deve ser uma constante em nossa vida. Devamos fazê-la sempre e em qualquer lugar. Ao nos reunirmos como igreja, mas também no cotidiano do nosso lar, do nosso trabalho, nas ruas e onde quer que formos, com quer quer que estejamos. Quanto mais orarmos mais vamos experimentar deste poder e desta presença de Deus entre nós. Veremos curas e milagres, sim, mas também desfrutaremos de uma paz e alegria sobrenaturais que são fruto de uma comunhão prática e real com o nosso Deus.
Milton Lucas é pastor da Comunidade Vineyard de Piratininga
2009: o ano mais importante da nossa vida!
por Milton Lucas
Estamos em Janeiro, o ano novo já começou! O nome do mês de Janeiro é uma homenagem a Jano, em latim Janus, o deus que, na mitologia romana, era o porteiro celestial. Ele é representado por duas cabeças, uma olhando pra fente e outra para trás, representando os términos e os começos, o passado e o futuro. Assim, Jano seria o responsável por abrir as portas para o ano que se iniciava, e toda porta se volta para dois lados diferentes.
Ainda que não sejamos adoradores do deus Jano e, portanto, não atribuamos à ele a abertura das portas de cada novo ano, a concepção por trás do nome é interessante.
Janeiro é sim momento de olharmos para o ano que passou e avaliarmos. É momento de agradecermos todas as conquistas e os bons momentos que vivemos. É momento de revermos nossos erros e nossas falhas, com vistas à corrigí-las. É tempo de perdoar a nós mesmos e aos outros de alguma forma nos prejudicaram. Cuidado para não virar um saudosista e ficar preso às coisas boas que já se foram, como se não houvessem outras por vir. Não podemos viver do passado.
Janeiro também é tempo de olharmos para frente e sonharmos, fazermos planos. É momento de enchermos nosso coração de antecipação pelas muitas possibilidades que se abrem diante de nós. Temos que tomar cuidado para não alimentar ilusões, criando um mundo paralelo, para onde fugimos de vem em quando. Evite também a procrastinação, que é deixar sempre tudo para amanhã, para depois, para nunca. Não podemos viver do futuro.
Hoje é o dia mais importante da nossa vida. Ontem já se foi. Amanhã ainda não existe.
Os judeus guardam o sábado, como dia de descanso. Ele começa no pôr-do-sol da sexta-feira e termina ao pôr-do-sol do sábado. É o sabá, ou em hebraico Shabat. Mais que um dia de inatividade, é um dia dedicado a Deus. Neste dia, o judeu é desafiado a olhar para trás e pensar no que tem feito, porquê tem feito e para quem tem feito. Ao olhar para o presente, os judeus pensam em quem são, seus valores e sua fé. Finalmente, ao olhar para o futuro eles focalizam sua missão, seus objetivos e suas intenções. Em tudo eles centralizam a Deus, fazendo dele a celebração e a cura do passado, a razão do presente e a esperança para o futuro.
Que esta seja também a nossa atitude neste mês de Janeiro e neste ano que se inicia. Afinal, 2009 é o ano mais importante da nossa vida!
Está escrito “Este é o dia que o Senhor fez; alegremo-nos nele” Salmos 118.24
Milton Lucas é hoje o pastor da Comunidade Vineyard de Piratininga.
Estamos em Janeiro, o ano novo já começou! O nome do mês de Janeiro é uma homenagem a Jano, em latim Janus, o deus que, na mitologia romana, era o porteiro celestial. Ele é representado por duas cabeças, uma olhando pra fente e outra para trás, representando os términos e os começos, o passado e o futuro. Assim, Jano seria o responsável por abrir as portas para o ano que se iniciava, e toda porta se volta para dois lados diferentes.
Ainda que não sejamos adoradores do deus Jano e, portanto, não atribuamos à ele a abertura das portas de cada novo ano, a concepção por trás do nome é interessante.
Janeiro é sim momento de olharmos para o ano que passou e avaliarmos. É momento de agradecermos todas as conquistas e os bons momentos que vivemos. É momento de revermos nossos erros e nossas falhas, com vistas à corrigí-las. É tempo de perdoar a nós mesmos e aos outros de alguma forma nos prejudicaram. Cuidado para não virar um saudosista e ficar preso às coisas boas que já se foram, como se não houvessem outras por vir. Não podemos viver do passado.
Janeiro também é tempo de olharmos para frente e sonharmos, fazermos planos. É momento de enchermos nosso coração de antecipação pelas muitas possibilidades que se abrem diante de nós. Temos que tomar cuidado para não alimentar ilusões, criando um mundo paralelo, para onde fugimos de vem em quando. Evite também a procrastinação, que é deixar sempre tudo para amanhã, para depois, para nunca. Não podemos viver do futuro.
Hoje é o dia mais importante da nossa vida. Ontem já se foi. Amanhã ainda não existe.
Os judeus guardam o sábado, como dia de descanso. Ele começa no pôr-do-sol da sexta-feira e termina ao pôr-do-sol do sábado. É o sabá, ou em hebraico Shabat. Mais que um dia de inatividade, é um dia dedicado a Deus. Neste dia, o judeu é desafiado a olhar para trás e pensar no que tem feito, porquê tem feito e para quem tem feito. Ao olhar para o presente, os judeus pensam em quem são, seus valores e sua fé. Finalmente, ao olhar para o futuro eles focalizam sua missão, seus objetivos e suas intenções. Em tudo eles centralizam a Deus, fazendo dele a celebração e a cura do passado, a razão do presente e a esperança para o futuro.
Que esta seja também a nossa atitude neste mês de Janeiro e neste ano que se inicia. Afinal, 2009 é o ano mais importante da nossa vida!
Está escrito “Este é o dia que o Senhor fez; alegremo-nos nele” Salmos 118.24
Milton Lucas é hoje o pastor da Comunidade Vineyard de Piratininga.
sábado, 3 de janeiro de 2009
Hoje é o dia mais importante da sua vida
por Milton Lucas
Ontem não existe mais. Amanhã ainda não aconteceu. Hoje é o dia mais importante da nossa vida.
Existem pessoas que vivem do passado. Estão presas àquilo que já se foi. Uns continuam lamentando e sofrendo pelas coisas ruins que aconteceram, outros ainda vivem das glórias e das conquistas lá de trás. Para estes a vida parou e não vivem, sobrevivem.
Existem pessoas que vivem no futuro. São sonhadores por natureza. Estas pessoas estão sempre fazendo planos e projeções: um dia farei isso, um dia farei aquilo. Seus olhos estão sempre lá na frente e na esperança de grandes conquistas e grandes mudanças.
É importante aprender com o passado, especialmente para não cometermos os mesmos erros. Também é importante olhar para trás e sermos agradecidos pelas coisas boas que aconteceram. É bom sonhar e fazer planos. Temos mesmo que olhar para frente e encher nosso coração de esperança.
No entanto, é hoje que as coisas se decidem. É hoje que podemos consertar os erros do passado e que podemos dar passos concretos rumo às conquistas de amanhã.
É hoje que podemos buscar a Deus e encontrar nele a cura das feridas do passado e também direção para as decisões que afetarão o nosso futuro.
“Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração” Salmos 95.7-8
Milton Lucas é pastor da Vineyard Piratininga.
Ontem não existe mais. Amanhã ainda não aconteceu. Hoje é o dia mais importante da nossa vida.
Existem pessoas que vivem do passado. Estão presas àquilo que já se foi. Uns continuam lamentando e sofrendo pelas coisas ruins que aconteceram, outros ainda vivem das glórias e das conquistas lá de trás. Para estes a vida parou e não vivem, sobrevivem.
Existem pessoas que vivem no futuro. São sonhadores por natureza. Estas pessoas estão sempre fazendo planos e projeções: um dia farei isso, um dia farei aquilo. Seus olhos estão sempre lá na frente e na esperança de grandes conquistas e grandes mudanças.
É importante aprender com o passado, especialmente para não cometermos os mesmos erros. Também é importante olhar para trás e sermos agradecidos pelas coisas boas que aconteceram. É bom sonhar e fazer planos. Temos mesmo que olhar para frente e encher nosso coração de esperança.
No entanto, é hoje que as coisas se decidem. É hoje que podemos consertar os erros do passado e que podemos dar passos concretos rumo às conquistas de amanhã.
É hoje que podemos buscar a Deus e encontrar nele a cura das feridas do passado e também direção para as decisões que afetarão o nosso futuro.
“Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração” Salmos 95.7-8
Milton Lucas é pastor da Vineyard Piratininga.
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