segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

O mundo em miniatura


Se o mundo fosse uma vila com 1000 pessoas:

584 seriam asiáticos, 123 seriam africanos, 95 seriam europeus, 84 latino-americanos, 55 soviéticos (ainda incluindo Lituânia, Estônia etc), 52 norte-americanos e 6 australianos e neozelandeses

O povo da vila teria uma dificuldade considerável de comunicar-se: 165 pessoas falariam Mandarin, 86 falariam Inglês, 83 Hindi/Urdu, 64 Espanhol, 58 Russo e 37 Árabe. A lista inclui as línguas maternas de metade da vila. A outra metade – em ordem decrescente - Bengali, Português, Indonésio, Japonês, Alemão, Francês e 200 outras línguas
A vila também teria: 300 cristãos (183 católicos, 84 protestantes, 33 ortodoxos), 175 muçulmanos, 128 hindus, 55 budistas, 47 animistas e 210 com outras religiões (incluindo ateístas)

Um terço (330) das pessoas na aldeia seria composto de crianças. A metade dessas crianças seria imunizada contra as doenças infecciosas evitáveis tal como sarampo e pólio. 60 pessoas teriam idade superior a 65 anos. Menos da metade das mulheres casadas teriam acesso a métodos contraceptivos modernos. A cada ano 28 bebês nasceriam. A cada ano 10 pessoas morreriam, sendo 3 por falta de comida e 1 de câncer. 2 das mortes seriam de bebês com menos de um ano. Uma pessoa na aldeia estaria infectada com o vírus HIV; que talvez não tenha desenvolvido ainda um caso pleno de AIDS. Com 28 nascimentos e 10 mortes, a população da Vila no próximo ano seria de 1018 pessoas.

Nesta comunidade de 1000 pessoas, 200 delas receberiam ¾ de toda a renda, outros 200 receberiam apenas 2%. Apenas 70 pessoas teriam um automóvel (alguns mais do quem um). Cerda de ½ não teria acesso à água potável. Dos 670 adultos da vila, metade seria analfabeta.

A vila teria 6 acres de terra por pessoa, 6000 acres ao todo: 700 acres seriam cultivados; 1400 seriam pasto; 1900 de floresta e 2000 deserto, pavimentação ou outros tipos de cobertura. A área de floresta estaria declinando rapidamente; o deserto aumentando; as outras categorias de terra seriam asperamente estáveis. A vila alocaria 83% de seu fertilizante em 40% de sua área plantada – de propriedade das mais ricas e melhor-alimentadas 270 pessoas. O excesso de fertilizante correria pela terra causando poluição em lagos e poços. Os outros 60% de terra plantada, com seus 17% de fertilizante, produziria 28% dos grãos e alimentaria 73% das pessoas. O rendimento médio dos grãos nessa terra seria 1/3 maior do que os produzidos pelos mais ricos.

Se o mundo fosse uma vila com 1000 pessoas, haveria 5 soldados, 7 professores e 1 médico. Os gastos anuais totais da aldeia seriam um pouco superiores a U$3 milhões por ano, U$181.000 iriam para armas e guerra, U$159.000 para educação e U$132.000 para cuidados com a saúde.

A vila teria poder explosivo nuclear suficiente para mandar-se pelos ares muitas vezes. Estas armas estariam sob o controle de somente 100 das pessoas. As outras 900 pessoas estariam observando-os com ansiedade profunda, perguntando-se: será que eles podem aprender a viverem juntos? Se conseguirem, serão capazes de ter cuidado e atenção no armazenamento delas? Se vierem a decidir se desarmar, onde liquidariam com os materiais radioativos perigosos de que as armas são feitas.

Donella H. Meadows é professora adjunta de estudos do ambiente no Dartmouth College. Este artigo está disponível para uso em pesquisa, ensino e estudo privado. Para outros usos, por favor contate Diana Wright, do Instituto de Sustentabilidade, 3 Linden Road, Hartland, VT 05048, (802) 436-1277

Veja uma apresentação de slides baseada nesta pesquisa clicando aqui

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