Ainda refletindo sobre Lucas 2.52 vemos o adolescente Jesus crescia em estatura. Considerando este crescimento de Jesus como uma metáfora para o crescimento da influência do Reino de Deus entre nós, também temos que crescer fisicamente. Isso vai além do corpo físiso, mas inclui nossa expressão e influência neste mundo. Conhecemos a Grande História e sabemos que fomos criados para sermos mordomos da propriedade do nosso Pai. O homem teve um papel significativo no pós-Criação dando nome aos animais e sendo designado para cuidar do Jardim. A queda nos afastou de Deus e com isso o próprio mundo ficou à mercê do Inimigo e de seu governo. Jesus vem para nos mostrar nosso papel e mais do que isso restaurá-lo. Ele demonstrou isso curando os enfermos, cuidando dos pobres, viúvas, mulheres e crianças. O chamado de Jesus é para que, como representantes do Reino na terra, lutemos pela justiça, confrontando a maldade e o anti-reino. De um lado isso implica em influência sobre o pensamento dominante e contrário do governo de Deus, mas também nos leva à ações práticas e concretas para o estabelecimento deste governo. Paulo em 2 Corintios 10.4-5 fala de fortalezas associadas aos pensamentos e que governam a mente das pessoas. Estas fortaleza podem ser erguidas por argumentos contra o conhecimento de Deus, definições enganosas da realidade, mentalidades impregnadas pela falta de esperança, envolvimento com ocultismo, aceitação do conselho de homens etc. Nossa estratégia vai alem da oração. Em Ezequiel 22:30 Deus procura aquele que irão ‘colocar-se na brecha’ e ‘tapar o muro’, numa alusão à oração, mas também à ação. Ao homem foi dado domínio (autoridade) sobre a terra (Salmos 115.16). Somos chamados à redenção, proclamando e demonstrando o Reino de Deus através de palavras e também de obras. Nossas ações proféticas devem ser proféticas, no sentido que ao serem inspiradas pelo Espírito, antecipam eventos e a manifestação completa do Reino de Deus na terra. Devemos proclamar a vontade de Deus e ajudar o povo a alcança-la, desencadeando processos de transformação individual, mas também coletivas em nossas famílias, cidades, nações etc. A história está cheia de cristãos que atenderam a este chamado e manifestaram o Reino a partir de suas ações: Martin Luther King lutando contra o racismo nos Estados Unidos; William Wilberforce que liderou o movimento de libertação dos escravos na Inglaterra; as comunidades eclesiais de base na América Latina lutando pela justiça; Francis Collins, diretor do Projeto Genoma liberando as informações da pesquisa e resistindo às pressões corporativas de lucro e controle; a missionária Dorothy morta no Pará lutando contra os fazendeiros que grilavam terras, devastavam o ambiente e impunham trabalho escravo; Edson e Márcia Suzuki lutando contra o infanticídio entre os índios da tribo Suruahá. Coletivamente podemos nos mobilizar em nossas comunidades e atuar na alfabetização de adultos, limpeza e embelezamento do espaço público, restauração das artes e da música, etc Individualmente devemos responder a este chamado nos levantando contra toda sorte de injustiça, engano e maldade, cuidando e protegendo aqueles que precisam de ajuda. O Reino entre nós nos leva à um envolvimento ativo e redentor com o mundo ao nosso redor. Devemos frutificar, destruindo as fortalezas de Satanás e avançando o Reino de Deus! É nosso chamado e nossa vocação! Venha a nós o Teu Reino!
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
O Reino entre nós nos leva à ação
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